Descartando inutilidades
Eu já
vivi bastante e nesta altura da minha vida estou deixando de acumular
inutilidades.
Elas
têm um único propósito: acumular entraves, conflitos e nos propiciar trabalho extra.
Deixei
de acumular penduricalhos, aqueles que eu achava lindo na decoração da minha
casa.
Vivia com o coração sangrando pois acumulava dores e sofrimentos: os meus e também os alheios.
Hoje eu
pratico a funcionalidade. Tudo que ocupa o meu tempo desnecessariamente é
descartado sem remorso.
Esse descarte inclui as inutilidades físicas e emocionais.
Uso o
meu tempo de maneira prática e o que me sobra livre é preenchido com o que eu
amo fazer que é escrever sejam contos ou poemas para sensibilizar os corações
carentes de magia e poesia.
Claro
que nem tudo é perfeito porque esse adjetivo só se aplica a Deus
Mas eu
sigo tentando fazer o meu melhor e a cada inutilidade que aparece vou
descartando
E
quando falo em inutilidades não me refiro apenas aos bens materiais, mas também
o emocional aquele que me fragmenta e me faz sofrer.
E assim
eu me sinto mais leve e com maior aptidão para deixar o meu legado que espero
seja lido por inúmeras pessoas que se possa beneficiar da minha arte.
(Gracita Fraga)